quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

12. Zuigan Chama seu Próprio Mestre


ZUIGAN gritava para si mesmo todos os dias: “Mestre.”
Ele depois respondia a sim mesmo: “Sim, senhor.”
E então acrescentava: “Torne-se sóbrio.”
Novamente respondia: “Sim, senhor.”
“E depois disso”, continuou, “não seja enganado pelos demais.”
“Sim, senhor; sim, senhor”, ele respondeu.


Alguns estudantes do Zen não percebem
O verdadeiro homem numa máscara
Porque reconhecem a alma-do-ego.
A alma-do-ego é a semente do nascimento e da morte,
E as pessoas tolas a consideram o verdadeiro homem.

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

11. Joshu Examina um Monge em Meditação

JOSHU foi a um lugar para onde um monge havia se retirado para meditar e perguntou-lhe: “O que é, é o quê?”
O monge levantou seu punho.
Joshu respondeu: “Os navios não podem ficar onde a água é muito rasa.” E foi embora.
Passados uns poucos dias, Joshu foi novamente visitar o monge e fez a mesma pergunta.
O monge respondeu da mesma forma .
Joshu disse: “Bem dado, bem tomado, bem morto, bem salvo.” E curvou-se respeitosamente diante do monge.



A luz dos olhos é como um cometa,
E a atividade do Zen é como um relâmpago.
A espada que mata o homem
É a espada que salva o homem.

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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

10. Seizei Sozinho e Pobre

UM MONGE chamado Seizei perguntou a Sozan: “Seizei está sozinho e pobre. Você pode dar-lhe apoio?”
Sozan perguntou: “Seizei?”
Seizei respondeu: “Sim, senhor.”
Sozan disse: “Você tem o Zen, o melhor vinho da China, e já tomou três xícaras, e você continua dizendo que elas nem sequer molharam os seus lábios.”


O homem mais pobre da China,
O homem mais corajoso da China,
Mal consegue sustentar a si mesmo,
E, contudo, deseja competir com o mais rico de todos.

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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

09. Um Buda Antes da História

UM MONGE perguntou a Seijo: “Eu soube que um Buda que viveu antes da história registrada sentou-se em meditação por dez ciclos de existência e não pôde realizar a verdade suprema, e por isso não pôde tornar-se plenamente emancipado. Por que isso aconteceu?”
Seijo respondeu: “Sua pergunta é auto-explicativa.”
O monge perguntou: “Já que o Buda estava meditando, por que ele não pôde alcançar o Budado?”
Seijo disse: “Ele não era um Buda.”


É melhor realizar a mente do que o corpo.
Quando a mente está realizada, não precisamos
nos preocupar com o corpo.
Quando a mente e o corpo tornam-se unos
O homem está livre. Ele então não deseja nenhum elogio.

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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Anexo - Comentário de Regina:

O rei, sabendo que um grande mestre Zen estava às portas de seu palácio, foi até ele para solucionar uma velha questão. "Mestre, onde está o Eu?", perguntou o rei. O mestre pediu que os guardas trouxessem uma carroça. "O que é isso?", perguntou o mestre. "Uma carroça", respondeu o rei. O mestre pediu que retirassem os cavalos que puxavam a carroça. "Os cavalos são a carroça?", perguntou. "Não", respondeu o rei. Depois, o mestre pediu que as rodas fossem retiradas. "As rodas são a carroça?" "Não, mestre", disse o rei. O mestre pediu que retirassem os assentos. "Os assentos são a carroça?" "Não, eles não são a carroça", disse o rei. Por fim, o mestre apontou para o eixo da carroça. "O eixo é a carroça?", perguntou. "Não, mestre, os eixos não são a carroça", respondeu o rei. "Assim como a carroça, o Eu não pode ser definido por suas partes. O Eu não se encontra em parte alguma. Ele não existe. E, não existindo, ele existe", disse o mestre.

Anexo

Gettan disse a um monge: Kichu fez cem carroças. Se você retirasse as rodas e removesse o eixo, então o que seriam?

Quando uma roda gira rapidamente nem mesmo um mestre de rodas consegue entendê-las. Elas se movem em todas direções no céu e na terra. Norte, sul, leste, oeste.

Trinta raios irão convergir No cubo de uma roda, Mas o uso da carroça Dependerá da parte, do cubo, que está vazia.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

08. A Roda de Keichu

GETSUAN disse aos seus estudantes: “Keichu, o primeiro fabricante de rodas da China, fez duas rodas com cinqüenta raios cada uma. Ora, suponhamos que vocês retirem o cubo que prende os raios. O que sobraria da roda? E se Keichu tivesse feito isto, ele poderia ser chamado de o mestre fabricante de rodas?”


Quando a roda sem cubo gira,
O mestre ou mestre nenhum pode pará-la.
Ela gira acima do céu e abaixo da terra,
Sul, norte, leste e oeste.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

07. Joshu Lava a Tigela

UM MONGE disse a Joshu: “Acabei de ingressar no mosteiro. Por favor me ensine.”
Joshu perguntou: “Você comeu o seu mingau de arroz?”
O monge respondeu: “Comi.”
Joshu disse: “Então é melhor você lavar a sua tigela.”
Naquele momento o monge se iluminou.


É muito claro e por isso é difícil de ver.
Um idiota uma vez procurou fogo
Com uma tocha acesa.
Se ele soubesse o que era o fogo,
Poderia ter cozido o seu arroz muito antes.

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

06. O Buda Gira uma Flor

Quando o Buda estava na montanha de Grdhrakuta, girou uma flor em seus dedos e a segurou diante de seus ouvintes. Todos estavam em silêncio. Apenas Maha-Kashapa sorriu diante desta revelação, embora tentasse controlar as linhas de seu rosto.
O Buda disse: “Possuo o olho do verdadeiro ensinamento, o coração do Nirvana, o verdadeiro aspecto da não-forma e o passo inefável do Dharma. Ele não é expresso por palavras, mas é especialmente transmitido além do ensinamento. Dei este ensinamento a Maha-Kashapa.”


Ao virar uma flor
O seu disfarce foi desmascarado.
Ninguém no céu ou na terra pode ultrapassar
O rosto enrugado de Maha-Kashapa.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

05. Kyogen Sobe na Árvore

KYOGEN disse: “O Zen é como um homem pendurado em uma árvore pelos dentes sobre um precipício. Suas mãos não estão agarrando nenhum galho, os seus pés não repousam sobre nenhum ramo e debaixo da árvore uma outra pessoa pergunta a ele: “Por que Bodhidharma veio da Índia para a China?”
“Se o homem na árvore não responder, ele fracassa; e se ele responder, ele cai e perde a sua vida. Ora, o que ele deve fazer?”


Kyogen é verdadeiramente um tolo
Espalhando aquele veneno que mata o ego
Que fecha as bocas de seus alunos
E faz com que suas lágrimas jorrem de
Seus olhos mortos.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

04. Um Estrangeiro sem barba

WAKUAN reclamou quando viu um desenho de Bodhidharma com barba: “Por que ele não tem barba?”


Não se deve discutir um sonho
Na frente de um tolo.
Por que Bodhidharma não tem barba?
Que pergunta absurda!

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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A HISTÓRIA DO FOGO (anexo)

Havia uma vez, um homem que estava contemplando as diversas formas com que a natureza opera e que descobriu, em conseqüência de sua concentração e aplicação, a maneira adequada de fazer fogo.
Esse homem chama-se Nour. Decidiu ir de uma comunidade a outra, exibindo a sua descoberta.
Nour transmitiu o segredo a muitos grupos de pessoas. Alguns souberam tirar proveito de tal conhecimento. Outros por considerá-lo perigoso, deixaram-no de lado, antes mesmo de refletirem um momento para compreender quão útil lhes poderia ser aquela descoberta. Finalmente, uma tribo para a qual Nour fez uma demonstração reagiu presa a um temor indescritível e se lançaram contra ele e o mataram, convencidos de tratar-se de um demônio.

Transcorreram alguns séculos.

1. A primeira tribo, que havia aprendido a fórmula do fogo, reservou tal segredo para seus sacerdotes, que permaneceram assim influentes e poderosos enquanto o povo se congelava.
2. A segunda tribo esqueceu a arte, passando em troca, a adorar os instrumentos.
3. A terceira idolatrou uma certa imagem de Nour, por ter sido ele quem os instruíra.
4. A quarta preservou em suas lendas a história de como fazer fogo; alguns acreditavam nela, outros não.
5. A quinta comunidade realmente fez uso do fogo, e este lhes tornou possível aquecer-se, cozinhar seus alimentos, e fabricar todo tipo de artigos úteis.

Depois de muitos e muitos anos, um homem sábio e um pequeno grupo de discípulos acharam-se em viagem santa pelos territórios daquelas tribos. Os discípulos do sábio mostraram-se surpresos com a variedade de rituais com que íam deparando. E cada um deles dizia ao seu mestre:

“Mas todos esses procedimentos estão apenas relacionados com o fato de fazer fogo, nada mais. Devíamos reformar a mentalidade dessa gente!”
Ao que o mestre retrucou:
“Está bem, então. Reiniciaremos a nossa travessia. Ao final da mesma, aqueles que sobreviverem terão conhecido os problemas reais e como lidar com eles.”

Ao entrar em contato com a primeira tribo, o grupo foi acolhido de forma hospitaleira. Os sacerdotes convidaram os viajantes para assistir à sua cerimônia religiosa de fazer fogo. Quando o ritual terminou, achando-se a tribo em estado de excitação, devido ao jeito que havia presenciado, o mestre disse:

“Alguém quer dizer algo?”
O primeiro discípulo assim se pronunciou:
“Em nome da verdade, me sinto obrigado a dizer algo a essa gente.”
“Se deseja fazê-lo por sua própria conta e risco, pode falar.”, observou o mestre.
Então o discípulo acercou-se do chefe das tribos e seus sacerdotes e disse:
“Eu posso operar o milagre que vocês interpretam como uma manifestação especial da divindade. Admitirão ter incorrido em erro durante anos, caso eu fizer alguma coisa?”
Mas os sacerdotes gritaram:
“Prendam –no!” E o discípulo foi levado para longe dali e nunca mais foi visto.

Os viajantes foram ao próximo povoado, onde a segunda tribo estava adorando os instrumentos de fazer fogo. Novamente um dos discípulos do homem sábio se ofereceu para esclarecer a mente daquelas pessoas. Após ser autorizado pelo mestre, tomou a palavra:

“Peço permissão para falar como as pessoas sensatas. Vocês estão adorando os meios pelos quais algo pode ser feito, e não a coisa em si. Agindo assim, impedem que sua utilidade se concretize e se amplie. Eu conheço a realidade que se oculta por trás dessa cerimônia.”
Essa tribo era formada por pessoas mais razoáveis. Mas mesmo assim, objetaram ao discípulo:
“Você é bem vindo ao nosso meio como viajante e estrangeiro. Mas, como tal, desconhecendo a nossa história e costumes, não pode entender o que fazemos aqui. Está cometendo um erro. Talvez até pretenda extinguir ou modificar a nossa religião. Por isso nos negamos a escutá-lo.”
Os peregrinos partiram dali então.

Quando alcançaram o território da terceira tribo, encontraram diante de cada habitação um ídolo representando a figura de Nour, o fabricante de fogo. Aí o terceiro dos discípulos dirigiu-se aos chefes das tribos, dizendo:

“Este ídolo representa um homem, que por sua vez, simboliza uma capacidade que pode ser utilizada.”
“Pode ser que seja assim, mas penetrar no verdadeiro seguro está reservado a muitos poucos.”, responderam os adoradores de Nour.
“É só para os poucos que possam compreendê-lo, e não para aqueles que se recusam a aceitar certos fatos.”, disse o terceiro discípulo.
“Essa é uma solene heresia e partindo de um homem que nem sequer fala a nossa língua corretamente, além de não ser um sacerdote ordenado em nossa crença.”, murmuraram os sacerdotes da tribo.
E não se concretizou nenhum processo.

O grupo continuou sua jornada, chegando então às terras habitadas pela quarta tribo. E de novo um dos discípulos se dirigiu ao conselho tribal.
“A história de acender fogo é verdadeira, e sei como fazê-lo.”
A confusão se fez no seio daquela tribo, que se dividiu em várias facções. Alguns disseram:

“Isso pode ser verdade, e nesse caso, queremos saber como se faz o fogo.”
No entanto, quando aquela gente foi examinada pelos mestre e seus seguidores, ficou comprovado que a maioria ali estava ansiosa para usar o processo de fazer o fogo em proveito próprio, sem compreender que se tratava de algo destinado ao progresso humano. As lendas deturpadas tinham penetrado de modo tão profundo na mente deles que, aqueles que pensavam poder representar a verdade eram comumente desequilibrados, e não conseguiriam fazer fogo, ainda que lhes fosse ensinado.

Havia uma outra facção que opinava assim: “Naturalmente as lendas não são exatas. Este homem procura apenas iludir-nos a fim de conseguir um posto importante em nosso povoado.”
“Preferimos as lendas como estas se apresentam, pois são a verdadeira base da nossa união. Se as abandonarmos e descobrirmos que essa nova interpretação é inútil, o que será de nossa comunidade?”
Foram as palavras do representante de mais uma facção.
E outros pontos de vista foram apresentados.

Assim, o grupo prosseguiu sua viagem, até chegar às terras da quinta comunidade, onde acender fogo era rotina, e onde também as pessoas tinham outras preocupações.
Aí o mestre disse a seus discípulos:

“Todos vocês têm que aprender como ensinar, pois normalmente os homens não querem ser instruídos. Antes de mais nada, têm que ensinar-lhes que há sempre algo a ser aprendido. Eles se imaginam em condições de aprender. Mas querem aprender o que supõem deve ser aprendido, não o que devem aprender primeiro. Quando tiverem aprendido tudo isso, aí então vocês poderão planejar a maneira de ensinar. O conhecimento sem a capacidade especial para ensinar não é a mesma coisa que conhecimento e capacidade.

Autor desconhecido

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

03.O Dedo de Gutei

Gutei levantava o seu dedo sempre que lhe faziam uma pergunta sobre o Zen. Um menino assistente começou a imitá-lo nesse gesto. Quando alguém lhe perguntava o que o seu mestre havia ensinado, ele levantava o seu dedo.
Gutei soube da travessura do menino. Ele o pegou e cortou seu dedo. O garoto chorou e saiu correndo. Gutei o chamou e o fez parar. Quando o garoto virou sua cabeça para Gutei, este levantou o seu próprio dedo. Naquele instante o garoto se iluminou.
Quando Gutei estava para deixar este mundo, reuniu seus monges ao seu redor. “Alcancei o meu Zen do dedo”, disse ele, “a partir do meu instrutor Tenryu, e em toda a minha vida, não pude esgotá-lo.” E morreu.


Gutei diminui o ensinamento de Tenryu,
Emancipando o menino com uma faca.
Comparado ao deus chinês
Que empurrou uma montanha com uma mão
O velho Gutei é um imitador barato.

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Convidamos nossos pacientes e amigos a participar da palestra:

“Falar de Sonhos"
Palestrante: Teresa Moreira Leite – professora de Psicologia Clínica - USP
Dia 13/09 - sábado - às 14:30hs
Inscrições pelo tel.: 3171-0900
Ou através do e-mail:
contato@clinicacomciencia.com.br

02.A Raposa de Hyakujo

Certa vez, quando Hyakujo deu algumas conferências sobre o Zen, um homem idoso compareceu a elas, sem que os monges o vissem. No final da palestra, quando os monges saíam,ele também saía. Mas, um dia permaneceu até eles terem ido embora, e Hyakujo lhe perguntou: “Quem é você?”.

O velho respondeu: “Eu não sou um ser humano, mas era um ser humano quando o Buda Kashapa pregava neste mundo. Eu era um mestre Zen e vivia nesta montanha. Naquela época, um de meus estudantes perguntou-me se o homem iluminado está ou não sujeito à lei de causalidade. Eu lhe respondi: “O homem iluminado não está sujeito à lei de causalidade.” Devido a essa resposta, que evidenciava um apego a algo absoluto, eu me tornei uma raposa durante quinhentos renascimentos, e ainda sou uma raposa. Você me salvaria desta condição com suas palavras Zen e me deixaria sair do corpo de uma raposa? Agora, posso perguntar-lhe: “O homem iluminado é sujeito à lei de causalidade?”

Hyakujo disse: “O homem iluminado é uno com a lei de causalidade.”

Com estas palavras de Hyakujo, o velho se iluminou.
“Estou emancipado”, ele disse, prestando homenagem com uma profunda reverência.
“Não sou mais uma raposa, mas tenho que deixar meu corpo em minha habitação atrás desta montanha. Por favor, realize o meu funeral como o de um monge.” Ele então desapareceu.

No dia seguinte, Hyakujo deu uma ordem através do monge chefe para que se preparasse para comparecer ao funeral de um monge. “Ninguém esteve doente na enfermaria.”, perguntaram-se os monges. “O que o nosso instrutor quer dizer com isso?”

Após o jantar, Hyakujo conduziu os monges para fora e ao redor da montanha. Numa caverna, com sua vara ele cutucou o cadáver de uma velha raposa e então realizou a cerimônia de cremação.
Naquele entardecer, Hyakujo deu uma palestra aos monges e lhes contou esta história sobre a lei de causalidade.
Obaku, ao ouvir a história, perguntou a Hyakujo: “Eu compreendo que, há muito tempo atrás, porque uma certa pessoa deu uma resposta Zen errada, tornou-se uma raposa por quinhentos renascimentos. Agora eu pergunto: “Se a algum mestre moderno forem feitas muitas perguntas e ele sempre der a resposta certa, o que acontecerá com ele?”

Hyakujo disse: “Venha para cá, perto de mim e eu lhe direi.”
Obaku foi para perto de Hyakujo e deu um tapa no rosto de seu instrutor, pois sabia que esta é a resposta que seu instrutor pretendia lhe dar.
Hyakujo bateu palmas e riu de seu discernimento. “Eu pensei que um persa tinha uma barba vermelha”, disse ele, “e agora eu conheço um persa que tem a barba vermelha.”

Controlado ou não controlado?
O mesmo dado mostra duas faces.
Não controlado ou controlado,
Ambos são um erro grave.

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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

01.O Cachorro de Joshu

UM MONGE perguntou a Joshu, um mestre Zen chinês: “Um cachorro possui ou não a natureza de Buda?”
Joshu respondeu: “Mu”. [Mu é o símbolo negativo em chinês, que significa “Não-coisa”.]


Um cachorro possui a natureza de Buda?
Esta é a pergunta mais séria de todas.
Se disser sim ou não,
Você perde a sua própria natureza de Buda.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Cachorro de Joshu


UM MONGE perguntou a Joshu, um mestre Zen chinês: “Um cachorro possui ou não a natureza de Buda?”

Joshu respondeu: “Mu”. [Mu é o símbolo negativo em chinês, que significa “Não-coisa”]

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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

0.Solucionando o Koan

Um discípulo que enfrentava dificuldades com o Koan que seu mestre lhe dera, procurou-o perguntando como fazer.

O mestre respondeu - "pense com a barriga"

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Introdução

O Portal sem Portões


O Zen não possui portões. O propósito das palavras do Buda é iluminar os demais. Portanto, o Zen deveria ser sem portões.
Ora, como se atravessa esse portal sem portões? Uns dizem que:
- o que quer que entre por um portal não é o tesouro da família,
- o que quer que seja produzido pela ajuda de outro provavelmente se dissolve e perece.
Mesmo que essas palavras sejam como elevar ondas num mar sem vento ou realizar uma operação em um corpo saudável.
Se alguém se apega ao que os outros disseram e tenta compreender o Zen através da explicação, é como um idiota que pensa que pode bater na lua com um porrete ou coçar um pé sem tirá-lo do sapato.

Será impossível, afinal.


"No ano de 1228 eu estava dando palestras a monges no templo Ryusho, no leste da China, e por solicitação deles, contei novamente velhos Koans, me esforçando para inspirar seu espírito Zen.
Pretendia utilizar os Koans como um homem que pega um pedaço de tijolo para bater num portão e, depois que o portão é aberto o tijolo é inútil e é jogado fora.
Minhas notas, entretanto, foram inesperadamente reunidas, e havia quarenta oito Koans, junto com meu comentário em prosa e verso referente a cada um deles, embora seu arranjo não estivesse na ordem narrativa.
Chamei o livro de O Portal Sem Portões, desejando que os estudantes o lessem como um guia.
Se um leitor é suficientemente corajoso e prossegue sempre em frente em sua meditação, nenhuma ilusão pode perturbá-lo. Ele alcançará a iluminação tanto quanto os patriarcas na Índia e na China, provavelmente até mesmo mais do que eles. Ma se ele hesitar por um momento, ele é como uma pessoa observando de uma pequena janela um cavaleiro passar e, num piscar de olhos, ele deixa de ver a cena.


"A grande senda não possui portões,
Milhares de estradas entram nela.
Quando alguém atravessa o portal sem portões
Caminha livremente entre o céu e a terra."

Ekai / Momumon

segunda-feira, 28 de julho de 2008

"O Portal sem Portões"

Um instrumento de expansão da consciência

A Clinica Com-Ciência está promovendo encontros sobre o sistema de Koans com o objetivo de exercitar a busca do conhecimento interior. Os Koans se apresentam na forma de desafios, problemas, barreiras, que quando ultrapassados, rompem os limites da mente lógica e proporcionam uma ampla visão do nosso próprio ser. Este processo nos leva a ver o mundo por outras perspectivas, com novos olhos.
No estudo do sistema de Koans encontramos a obra do mestre Ekai – Mumon que organizou um conjunto de Koans que seriam suficientes para expandir a consciência de seus alunos.
Esta obra de 48 Koans passou a ser um guia para os treinamentos Ch'an (Zen) e foi denominado O Portal sem Portões.

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Koan e a Saúde


Koan significa literalmente documento público (ko - documento; an - público/lei). Tem sido utilizado para designar uma anedota ou uma afirmação ou indagação feita por um mestre, visando abrir os olhos do discípulo para a realidade. O Koan funciona como fermento. Quando alcança as condições favoráveis, a mente desabrocha por si, pois, o sentido do Koan está no interior de cada individuo; o Koan apenas desperta este sentido para a consciência.

A sistematização do Koan impede a mera contemplação, captando a vida no seu ato de viver, transformando a experiência de viver no mestre da vida.


O Koan que parece intelectual ou dialético também nos leva, por fim, psicologicamente, ao centro conativo da consciência e, a seguir, à própria fonte (Suzuki)


O Koan fecha os possíveis acessos à racionalidade e intelectualização, fazendo aflorar uma atitude inquisidora e investigativa, condição fundamental para enfrentar a ignorância, os estados emocionais alterados e consequentemente o sofrimento físico e mental.
Na Medicina Tradicional Chinesa o sofrimento físico e mental constitui-se na gênese das doenças, assim o sistema de koans e as práticas Ch´an (Zen) vem contribuir para uma vida saudável.