quinta-feira, 2 de outubro de 2008

06. O Buda Gira uma Flor

Quando o Buda estava na montanha de Grdhrakuta, girou uma flor em seus dedos e a segurou diante de seus ouvintes. Todos estavam em silêncio. Apenas Maha-Kashapa sorriu diante desta revelação, embora tentasse controlar as linhas de seu rosto.
O Buda disse: “Possuo o olho do verdadeiro ensinamento, o coração do Nirvana, o verdadeiro aspecto da não-forma e o passo inefável do Dharma. Ele não é expresso por palavras, mas é especialmente transmitido além do ensinamento. Dei este ensinamento a Maha-Kashapa.”


Ao virar uma flor
O seu disfarce foi desmascarado.
Ninguém no céu ou na terra pode ultrapassar
O rosto enrugado de Maha-Kashapa.

Participe dos encontros toda 5ª feira às 20:30hs.

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Sem custos.

2 comentários:

Regina disse...

Resumindo os comentários sobre o koan no.6:

De acordo com o combinado no nosso último encontro, vamos iniciar a prática de registrar os pontos principais levantados pelo grupo a respeito de cada koan. Embora seja muito difícil reproduzir a riqueza dos sentimentos e comentários compartilhados nas nossas reuniões, a idéia é passar um pouco daquele momento especial para este nosso espaço virtual. Pensamos que isto pode ser útil para quem esteve presente no encontro, para facilitar a lembrança e organizar os pensamentos, e mais útil ainda para quem não esteve, para acompanhar melhor a sequência dos koans.

Bom, neste koan, a flor que o Buda girou em sua mão foi percebida como um símbolo da unidade, da síntese da vida. Ao girar a flor, todos os aspectos da existência podiam ser comtemplados. E isto é o próprio Zen.

A iluminação de Maha-Kashapa acontece porque ele estava pronto para ela. O Buda sabia disso e por isto o poema diz que ele (o Buda) foi desmascarado. Maha-Kashapa, por sua vez, não pode esconder sua felicidade, que é natural diante da beleza que se descortina neste estado de elevação.

Um ponto muito importante neste koan é a simplicidade. Nenhum ato grandioso e espetacular é necessário para se atingir a iluminação.

O despertar pode acontecer nos momentos mais singelos da vida e isto é singular. Uma pessoa não pode reproduzir o "processo" de iluminação de outra. O darma e a sanga são os apoios importantes, mas o caminho de cada um é único.

Bom, amigos, por favor vejam se consegui colocar os pontos principais, inclusões, alterações no texto, etc são muito bem vindas.

Teresa disse...

Tão importante quanto ter um insight ou sentir pousando sobre nós a revelação é sua interação com nosso viver....conhecimento sem ação, embora seja um avanço, é estéril.... entra no terreno das alienações..mas não sejamos tão injustos, afinal somos humanos e tudo tem seu tempo...mas não devemos nos esquecer de uma certa disciplina, afinal trocar a ignorancia pela sabedoria não é tarefa tão simples...

Há degraus de iluminação num moto perpétuo que nunca se extingue...ampliação constante de consciência...uma escada com infinitos degraus...como a maré que avança e recua todos os dias sem nunca se repetir com a mesma água...cada dia com sua beleza e cenário diferente....diferente mas na essência é igual...e a cada degrau galgado um enorme sorriso...