quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Convidamos nossos pacientes e amigos a participar da palestra:

“Falar de Sonhos"
Palestrante: Teresa Moreira Leite – professora de Psicologia Clínica - USP
Dia 13/09 - sábado - às 14:30hs
Inscrições pelo tel.: 3171-0900
Ou através do e-mail:
contato@clinicacomciencia.com.br

02.A Raposa de Hyakujo

Certa vez, quando Hyakujo deu algumas conferências sobre o Zen, um homem idoso compareceu a elas, sem que os monges o vissem. No final da palestra, quando os monges saíam,ele também saía. Mas, um dia permaneceu até eles terem ido embora, e Hyakujo lhe perguntou: “Quem é você?”.

O velho respondeu: “Eu não sou um ser humano, mas era um ser humano quando o Buda Kashapa pregava neste mundo. Eu era um mestre Zen e vivia nesta montanha. Naquela época, um de meus estudantes perguntou-me se o homem iluminado está ou não sujeito à lei de causalidade. Eu lhe respondi: “O homem iluminado não está sujeito à lei de causalidade.” Devido a essa resposta, que evidenciava um apego a algo absoluto, eu me tornei uma raposa durante quinhentos renascimentos, e ainda sou uma raposa. Você me salvaria desta condição com suas palavras Zen e me deixaria sair do corpo de uma raposa? Agora, posso perguntar-lhe: “O homem iluminado é sujeito à lei de causalidade?”

Hyakujo disse: “O homem iluminado é uno com a lei de causalidade.”

Com estas palavras de Hyakujo, o velho se iluminou.
“Estou emancipado”, ele disse, prestando homenagem com uma profunda reverência.
“Não sou mais uma raposa, mas tenho que deixar meu corpo em minha habitação atrás desta montanha. Por favor, realize o meu funeral como o de um monge.” Ele então desapareceu.

No dia seguinte, Hyakujo deu uma ordem através do monge chefe para que se preparasse para comparecer ao funeral de um monge. “Ninguém esteve doente na enfermaria.”, perguntaram-se os monges. “O que o nosso instrutor quer dizer com isso?”

Após o jantar, Hyakujo conduziu os monges para fora e ao redor da montanha. Numa caverna, com sua vara ele cutucou o cadáver de uma velha raposa e então realizou a cerimônia de cremação.
Naquele entardecer, Hyakujo deu uma palestra aos monges e lhes contou esta história sobre a lei de causalidade.
Obaku, ao ouvir a história, perguntou a Hyakujo: “Eu compreendo que, há muito tempo atrás, porque uma certa pessoa deu uma resposta Zen errada, tornou-se uma raposa por quinhentos renascimentos. Agora eu pergunto: “Se a algum mestre moderno forem feitas muitas perguntas e ele sempre der a resposta certa, o que acontecerá com ele?”

Hyakujo disse: “Venha para cá, perto de mim e eu lhe direi.”
Obaku foi para perto de Hyakujo e deu um tapa no rosto de seu instrutor, pois sabia que esta é a resposta que seu instrutor pretendia lhe dar.
Hyakujo bateu palmas e riu de seu discernimento. “Eu pensei que um persa tinha uma barba vermelha”, disse ele, “e agora eu conheço um persa que tem a barba vermelha.”

Controlado ou não controlado?
O mesmo dado mostra duas faces.
Não controlado ou controlado,
Ambos são um erro grave.

Participe dos encontros toda 5ª feira às 20:30.

Inscreva-se pelo tel.: 3171-0900 ou

através do e-mail: contato@clinicacomciencia.com.br

Sem custos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

01.O Cachorro de Joshu

UM MONGE perguntou a Joshu, um mestre Zen chinês: “Um cachorro possui ou não a natureza de Buda?”
Joshu respondeu: “Mu”. [Mu é o símbolo negativo em chinês, que significa “Não-coisa”.]


Um cachorro possui a natureza de Buda?
Esta é a pergunta mais séria de todas.
Se disser sim ou não,
Você perde a sua própria natureza de Buda.

Participe dos encontros toda 5ª feira às 20:30hs.

Inscreva-se pelo tel.: 3171-0900 ou através do e-mal: contato@clinicacomciencia.com.br.

Sem custos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Cachorro de Joshu


UM MONGE perguntou a Joshu, um mestre Zen chinês: “Um cachorro possui ou não a natureza de Buda?”

Joshu respondeu: “Mu”. [Mu é o símbolo negativo em chinês, que significa “Não-coisa”]

Participe dos encontros toda 5ª feira às 20:30hs. Inscreva-se pelo tel: 3171 0900 ou através do e-mail: contato@clinicacomciencia.com.br
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

0.Solucionando o Koan

Um discípulo que enfrentava dificuldades com o Koan que seu mestre lhe dera, procurou-o perguntando como fazer.

O mestre respondeu - "pense com a barriga"

Participe dos encontros toda 5ª feira às 20:30hs.

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Sem custos
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Introdução

O Portal sem Portões


O Zen não possui portões. O propósito das palavras do Buda é iluminar os demais. Portanto, o Zen deveria ser sem portões.
Ora, como se atravessa esse portal sem portões? Uns dizem que:
- o que quer que entre por um portal não é o tesouro da família,
- o que quer que seja produzido pela ajuda de outro provavelmente se dissolve e perece.
Mesmo que essas palavras sejam como elevar ondas num mar sem vento ou realizar uma operação em um corpo saudável.
Se alguém se apega ao que os outros disseram e tenta compreender o Zen através da explicação, é como um idiota que pensa que pode bater na lua com um porrete ou coçar um pé sem tirá-lo do sapato.

Será impossível, afinal.


"No ano de 1228 eu estava dando palestras a monges no templo Ryusho, no leste da China, e por solicitação deles, contei novamente velhos Koans, me esforçando para inspirar seu espírito Zen.
Pretendia utilizar os Koans como um homem que pega um pedaço de tijolo para bater num portão e, depois que o portão é aberto o tijolo é inútil e é jogado fora.
Minhas notas, entretanto, foram inesperadamente reunidas, e havia quarenta oito Koans, junto com meu comentário em prosa e verso referente a cada um deles, embora seu arranjo não estivesse na ordem narrativa.
Chamei o livro de O Portal Sem Portões, desejando que os estudantes o lessem como um guia.
Se um leitor é suficientemente corajoso e prossegue sempre em frente em sua meditação, nenhuma ilusão pode perturbá-lo. Ele alcançará a iluminação tanto quanto os patriarcas na Índia e na China, provavelmente até mesmo mais do que eles. Ma se ele hesitar por um momento, ele é como uma pessoa observando de uma pequena janela um cavaleiro passar e, num piscar de olhos, ele deixa de ver a cena.


"A grande senda não possui portões,
Milhares de estradas entram nela.
Quando alguém atravessa o portal sem portões
Caminha livremente entre o céu e a terra."

Ekai / Momumon