quinta-feira, 30 de abril de 2015

Um Buda
   
EM TÓQUIO, no período Meiji, viviam dois destacados instrutores com características opostas. Um deles, Usho, seguia os preceitos do Buda escrupulosamente. Ele nunca bebia bebidas alcoólicas nem comia após as onze horas da manhã. O outro instrutor, Tanzan, um professor de filosofia da Universidade Imperial, nunca observava os preceitos. Quando sentia fome, ele comia, e quando sentia vontade de dormir durante o dia, dormia.

Um dia, Usho visitou Tanzan, que estava tomando vinho naquela ocasião, do qual nem mesmo uma gota deveria tocar a língua de um budista.

“Olá, irmão, o saudou Tanzan. “Você não gostaria de uma bebida?”

“Eu nunca bebo!”, exclamou Usho solenemente.

“Alguém que não bebe não é sequer humano”, disse Tanzan.

“Você está me chamando de não-humano somente porque eu não consumo líquidos intoxicantes!”, exclamou Usho com raiva. “Então, se eu não sou humano, o que eu sou?”


“Um Buda”, respondeu Tanzan.
Participe dos encontros todas às 5º feiras as 20:30hs
Inscreva-se através do tel: 3171-0900 ou
e-mail:contato@clinicacomciencia.com.br

SEM CUSTO

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A Verdadeira Reforma


O Mestre devotou sua vida ao estudo do Zen. Um dia soube que seu sobrinho, apesar dos conselhos dos parentes, estava gastando dinheiro com uma cortesã. Pelo fato de haver tomado o lugar do Mestre na administração dos bens familiares e de a propriedade estar correndo o risco de ser perdida, os parentes pediram ao Mestre para fazer alguma coisa a respeito.
O Mestre teve de viajar um longo percurso para visitar seu sobrinho, que não via há muitos anos. O sobrinho pareceu feliz de encontrar seu tio novamente e o convidou para passar a noite.
Durante toda a noite o Mestre sentou-se em meditação. De manhã, quando estava para partir, disse ao jovem: “Devo estar ficando velho, minha mão treme muito. Você pode me ajudar a amarrar o cadarço da minha sandália de palha?”

O sobrinho o ajudou de bom grado. “Obrigado”, concluiu o Mestre, “sabe, um homem se torna mais velho e mais fraco a cada dia. Cuide bem de você mesmo.” Então o Mestre partiu, nunca mencionando uma única palavra sobre a cortesã ou as reclamações dos parentes. 
Participe dos encontros todas às 5º feiras as 20:30hs
Inscreva-se através do tel: 3171-0900 ou
e-mail:contato@clinicacomciencia.com.br

SEM CUSTO

quinta-feira, 9 de abril de 2015

SEM TRABALHO, SEM COMIDA.
  
Um Mestre Zen se manteve trabalhando com seus Discípulos até os 80 anos de idade, aparando a grama nos jardins, varrendo o chão e podando as árvores.
Os alunos ficaram com pena de ver o velho instrutor trabalhar tão duro, mas sabiam que ele não daria ouvidos ao seu conselho de parar e, por isso, esconderam suas ferramentas.
Naquele dia o mestre não comeu. No dia seguinte ele não comeu, nem no próximo. “Ele pode estar furioso porque escondemos suas ferramentas”, os alunos pensaram. “É melhor nós as colocarmos de volta”.
No dia que o fizeram o instrutor trabalhou e comeu como antes. Ao entardecer, ele os instruiu: “Sem trabalho, sem comida”.
 Participe dos encontros todas às 5º feiras as 20:30hs
Inscreva-se através do tel: 3171-0900 ou
e-mail:contato@clinicacomciencia.com.br

SEM CUSTO

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O Zen Na Vida de um Mendigo

Um Mestre bem conhecido em sua época havia vivido em vários templos e ensinado em várias províncias.
O último templo que ele visitou acumulou muitos seguidores que subitamente disse que iria abandonar a atividade de palestras completamente. Ele aconselhou-os a se dispersarem e irem para onde quer que quisessem. Depois daquilo ninguém pode encontrar nenhum sinal dele.
Três anos mais tarde um de seus discípulos o descobriu vivendo com alguns mendigos debaixo de uma ponte. Ele imediatamente implorou ao Mestre que lhe ensinasse.
“Se você puder fazer o que eu faço até mesmo por dois dias, eu poderei lhe ensinar”, respondeu o Mestre.
Então o antigo Discípulo vestiu-se como um mendigo e passou um dia com o Mestre. No dia seguinte, um dos mendigos morreu. O Mestre e seu Discípulo levaram o corpo à meia-noite e o enterraram no sopé de uma montanha. Depois disso voltaram para o seu abrigo sob a ponte.
Mestre dormiu profundamente o resto da noite, mas o discípulo não conseguia dormir. Quando chegou a manhã o Mestre disse: “Não precisamos mendigar por comida hoje. Nosso amigo morto deixou um pouco aqui.” Mas o discípulo era incapaz de comer sequer um único pedaço.
“Eu disse que você não poderia fazer o que eu faço”, concluiu o Mestre. ”Vá embora daqui e não me incomode mais.”
 Participe dos encontros todas às 5º feiras as 20:30hs
Inscreva-se através do tel: 3171-0900 ou
e-mail:contato@clinicacomciencia.com.br

SEM CUSTO