quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PONTO DE VISTA

Certa noite, o mestre caminhava por uma estrada deserta, quando avistou um tropel de cavaleiros vindo em sua direção.
Sua imaginação começou a funcionar; viu-se capturado e vendido como escravo ou forçado a fazer parte do exército.
O mestre saiu correndo,escalou o muro de um cemitério e deitou-se numa cova aberta.
Perplexos diante daquele estranho comportamento,os homens viajantes honestos foram atrás dele.
Encontraram-no estirado, tenso e trêmulo.
O que esta fazendo nesta cova?Vimos você fugindo. Podemos ajudá-lo?
Só porque podem fazer uma pergunta não significa que se possa responde-la diretamente.Entretanto,devem saber que eu estou aqui por causa de vocês,e vocês estão aqui por minha causa disse o mestre
.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ponte de Pedra


Havia uma famosa ponte de pedra no Monastério de Chao-Chou que era uma atração do lugar. Certa vez um monge viajante afirmou:

"Já ouvi falar sobre a famosa ponte de pedra, mas até agora não a vi.

Vejo somente uma tábua."

"Vedes uma tábua," confirmou Chao-chou, "e não vedes a ponte de madeira."

"Então onde está a ponte de pedra?" perguntou o monge.

"Acabastes de cruzá-la", disse prontamente Chao-Chou.



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quinta-feira, 25 de novembro de 2010


ENCONTRO COM A MORTE

Mestre passeava num cemitério, quando tropeçou e caiu numa velha sepultura. Já começara a visualizar como se sentiria caso estivesse morto, quando ouviu um barulho. Passou-lhe pela cabeça que seria o Anjo do Juízo Final; todavia era apenas uma caravana de camelos que por ali passava.
O Mestre levantou-se de um pulo e caiu sobre algumas plantas, fazendo debandar vários camelos. Os cameleiros deram-lhe uma surra de vara.
O Mestre voltou correndo para casa, num estado deplorável. Sua mulher perguntou-lhe o que havia ocorrido e por que chegava tão tarde.
- Estive morto – respondeu.
Sua mulher, apesar de aborrecida, interessou-se pela experiência e perguntou-lhe que tal era a morte.
- Não é nada ruim, a menos que você moleste os camelos... aí os cameleiros batem em você.


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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Segundo a Lei de Deus

Alguns meninos encontraram uma sacola cheia de nozes e ficaram muito felizes. Mas essa felicidade durou apenas até decidirem repartir o conteúdo da sacola. Da algazarra, passaram ao desacordo e, daí, à luta corpo a corpo. Como dessa maneira não encontraram solução, recorreram ao Mestre para que desempenhasse o papel de mediador e juiz.
O Mestre, tomando a sacola de nozes, perguntou:
- Que lei vocês querem que eu use para repartir essa nozes: a lei dos homens ou a lei de Deus?
- A lei de Deus – respondeu os meninos, em uníssono.
O Mestre, então, começou a divisão dando duas a um, um punhado a outro, três a este, quatro àquele e aos restantes não lhes deu nada.
- Imediatamente, os que nada receberam começaram a queixar-se:
- Mas, Mestre, que tipo de lei você aplicou?
- Meus filhos – explicou o Mestre -, reparti segundo a lei de Deus: a uns muito, a outros pouco e alguns nada. Se vocês tivessem escolhido a lei dos homens, as coisas teriam sido muito diferentes.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010


O PECADO E A MALDADE


O mestre chegou ao país dos idiotas.
- Prestem atenção todos no que anuncio: “O pecado e a maldade são detestáveis.”
Daí em diante, por algumas semanas, repetia-o diariamente.
Um dia, quando estava prestes a repetir o aviso de sempre, viu que um grupo de “idiotenses” permanecia de braços cruzados.
- O que estão fazendo?
- Acabamos de decidir o que fazer com todo o pecado e toda a maldade sobre os quais você nos tem falado esse tempo todo.
- Então decidiram afastar-se deles?
- Não, decidimos afastar-nos de você.

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cabeça Grande


Todas as manhãs, um homem se mirava ao espelho. Um dia, contemplando-se ao espelho colocado às avessas, não viu mais o próprio rosto; supôs então haver perdido a cabeça e o pescoço e, tomado de pânico, entrou a procurá-los.
Um amigo lhe disse:
- Por que procuras tua cabeça? Ela é tão grande que não vejo outra coisa, senão ela!
O homem, então, pôs-se a pensar que sua cabeça era maior que a dos outros. Muito envaidecido, recomeçou a procurá-la.
Um Mestre que observa, diz:
- Interessante... Um homem sem ilusões e egoísta.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pensar, Não Pensar


Na montanha, um cesteiro fabricava um cesto, trabalhando ao pé do fogo. Chega a velha da montanha:
- Que frio dos diabos! – diz ela.
Diz o cesteiro consigo:
“É a velha má da montanha, preciso jogar cinzas nela.”
Pergunta-lhe a velha:
- Queres jogar cinzas em mim?
Desconcertado ele diz consigo:
“Vou fazê-la provar da minha machadinha.”
Ela lhe pergunta:
- Queres picar-me com a tua machadinha?
Ele diz consigo:
“Ela adivinha tudo o que penso. Vai devorar-me.”
O cesteiro decide, então, não mais pensar no assunto e continuar a trabalhar com afinco, em silêncio.
Súbito, sem refletir, arremessa ao rosto dela um punhado de cinzas.
E ela, vencida, ruma para a planície.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem Tem Bom Gosto?

Um Mestre oferece um melão a um discípulo.
- Que te parece o melão? – pergunta-lhe. – Tem bom gosto?
- Sim, sim! Muito bom gosto! – diz o discípulo.
O Mestre faz então outra pergunta:
- O que é que tem bom gosto, o melão ou a língua?
Essa história é um koan muito interessante.
O discípulo reflete, confunde-se e retruca:
- O sabor provém da interdependência, não só do gosto do melão e da língua, mas igualmente da interdependência da...
- Idiota! Tríplice idiota! – atalha o Mestre, colérico.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A MUDANÇA

Desde a mais tenra infância, o Mestre era conhecido como “o do contra”. Sua família, de tão acostumada à sua contestação habitual, sempre lhe dizia para fazer exatamente o contrário do que queria que ele fizesse.
No dia do seu aniversário de quatorze anos, o Mestre e seu pai levavam ao mercado um burro carregado de farinha. Assim que rompeu a aurora, foi encontrá-los, atravessando uma frágil ponte de corda, e a carga começou a escorregar para um lado.

- Rápido, - berrou o pai -, suspenda a carga do lado esquerdo, senão toda a farinha vai se perder!

Imediatamente, o Mestre levantou o saco do lado esquerdo. Resultou que toda a carga desequilibrou-se de vez, caindo na torrente que corria abaixo.

- Que tolo ridículo! – disse o pai. – Você não faz tudo sempre ao contrário? Se falei da carga da esquerda, era para suspender a da direita!

- Certo, pai. Mas agora tenho quatorze anos. Desde o alvorecer de hoje, sou considerado um adulto racional e, portanto, cumpridor de suas ordens.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Enfrentando A Morte

O Mestre estava muito doente. Todos pensavam que ele iria morrer. Sua mulher vestiu roupas de luto e pôs-se a chorar e a se lamentar.
Já o Mestre parecia imperturbável.
- Mestre – perguntou um de seus discípulos – como é isso de enfrentar a morte com tanta calma, até rindo de vez em quando, enquanto nós, que não vamos morrer, estamos atormentados por você nos deixar?
- Muito simples – disse o Mestre. – enquanto estou deitado, observando todos vocês, eu digo a mim mesmo: “Todos ele têm um aspecto tão pavoroso que estou quase certo de que o anjo da morte, quando vier fazer sua visita, levará por engano, no mínimo, um deles como presa, deixando o velho Mestre por aqui mais um bocadinho...”

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Espelho no Cofre

Retornando de uma peregrinação, um homem compra um espelho, objeto desconhecido para ele.
Cuidando reconhecer nele o rosto do pai, leva-o, encantado, para casa. Arruma-o num cofre no primeiro andar, não diz nada à mulher e, de tempos em tempos, quando se sente triste e solitário, vai ver “o pai”.
A mulher, estranhando a atitude do marido, passa a espreitá-lo e percebe que ele abre um cofre e fica longo tempo debruçado sobre ele.
Certo dia, depois que o marido sai, ela também abre o cofre e nele vê uma mulher. Inflamada de ciúme, investiga o marido. Grave briga de família! O marido afirma com convicção que é o seu pai quem está escondido no cofre!
Por felicidade, uma monja passava pela cidade e o casal solicitou-lhe auxílio para resolver a questão. A monja, então, pede-lhes que mostrem o cofre, objeto do litígio. Ao descer, a monja declara:
- No cofre não há homem nem mulher, mas tão-somente uma monja!

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como o Mestre Criou a Verdade

- As leis não fazem com que as pessoas fiquem melhores – disse o Mestre ao rei. Elas precisam, antes, praticar certas coisas de maneira a entrar em sintonia com a verdade interior, que se assemelha apenas levemente à verdade aparente.
O rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer com que as pessoas observassem a verdade.
O acesso à sua cidade dava-se por meio de uma ponte. Sobre ela, o rei ordenou que fosse construída uma forca.
Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia seguinte, o chefe da guarda estava a postos diante de um pelotão para testar todos os que por ali passassem. Um edital fora imediatamente publicado: “Todos serão interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu ingresso na cidade permitido. Caso minta, será enforcado.”
O Mestre, na ponte, entre alguns populares, deu um passo à frente e começou a cruzá-la.
- Onde o senhor pensa que vai? – perguntou o chefe da guarda.
- Estou a caminho da forca – respondeu o Mestre, calmamente.
- Não acredito no que está dizendo!
-Muito bem, se eu estiver mentindo, pode me enforcar.
- Mas se o enforcarmos por mentir, faremos com que aquilo que disse seja verdade!
- Isso mesmo – respondeu o Mestre, sentindo-se vitorioso.
- Agora vocês já sabem o que é a verdade.

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os Três Sábios

Três sábios sacerdotes viajavam pelo mundo. Ao passarem pela cidade, ouviram falar de um Mestre muito conhecido naquela região. Desejavam conhecê-lo,e um banquete foi organizado com a presença de todos os notáveis da cidade, para que o Mestre lhes fosse apresentado. Depois que comeram e beberam, um dos sábios perguntou ao Mestre:
- Onde fica o ponto central do mundo?
O Mestre apontou seu burro, parado diante da porta, e disse:
- No ponto sobre o qual pisa a pata dianteira do meu burro.
- Como sabe? – perguntou-lhe o sábio.
- Se não acredita em mim, meça-o você mesmo! – respondeu.
O segundo sábio perguntou-lhe:
- Quantas estrelas existem no céu?
O Mestre respondeu com a mesma tranqüilidade:
- Existem tantas estrelas no céu quanto pêlos na cauda do meu burro.
- Como pode prová-lo?
- Se não acredita em mim, conte você mesmo!
O terceiro sábio, assombrado diante de tanta presteza nas respostas, desistiu de fazer qualquer pergunta.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Distinção


O Mestre estava sentado, conversando com um amigo, quando anoiteceu.

- Acenda uma vela – disse o amigo -, pois já está escuro. Tem uma bem aí a sua esquerda.

- Como é que vou distinguir a minha esquerda da minha direita no escuro, seu idiota?

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nunca Perco Um Bom Negócio

O Mestre tinha tanta coisa contra seu jumento que o mais óbvio a fazer seria vendê-lo para poder arranjar outro. Então, foi ao mercado, encontrou o leiloeiro e entregou-lhe o jumento para que fosse vendido.
Quando o animal foi exposto à venda, lá estava o Mestre de prontidão.
“E o próximo lote”, anunciou o leiloeiro, “é este soberbo, inigualável e maravilhoso jumento. Quem dá o primeiro lance, oferecendo cinco moedas de ouro?”
“Só cinco moedas de ouro por um jumento?”, impressionou-se o Mestre. Então ele mesmo abriu o leilão. À medida que o preço ia ficando mais e mais alto, com o leiloeiro apregoando a cada lance as maravilhas daquele jumento, o Mestre foi ficando mais e mais ansioso por comprá-lo.
Afinal, a disputa concentrou-se no Mestre e em um fazendeiro. Assim que se alcançou o lance de quarenta moedas de ouro, o leiloeiro bate o martelo e o jumento foi arrematado pelo Mestre.
Pagou ao leiloeiro a comissão de um terço, ficou com a parte do dinheiro que correspondia ao vendedor e, então, tomou posse do jumento conforme cabia ao comprador fazê-lo. O jumento talvez valesse vinte moedas de ouro. Ou seja, o Mestre ficou sem um tostão, mas tinha comprado um jumento.
“Nunca perco um bom negócio”, disse o Mestre a si mesmo, enquanto voltava para casa com seu prêmio.

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Multiplicação Impossível


Um cidadão entrou num restaurante e pediu ovos cozidos. O velhaco dono apresentou-lhe uma conta de cinco moedas de prata. O cidadão protestou que aquela conta era um absurdo.
“Se eu tivesse guardado esses ovos para as galinhas chocarem, teriam se transformado em frangos”, disse o dono do restaurante. “E sua prole, e a prole de sua prole, e a prole da prole de sua prole teriam produzido milhões de ovos, valendo muito mais que cinco moedas. Os ovos lhe saíram baratos.”
O Mestre era o juiz local, e foi a quem o cidadão apresentou a queixa. O dono do restaurante teve de ir também, para que pudesse se defender. Nessa época, o Mestre resolvia os casos em casa, pois dizia que, “na vida, a justiça sempre aparece.”.
Assim que ouviu ambos os argumentos, o Mestre cozinhou um punhado de milho. Então, deixou que esfriasse um pouco e, colherada por colherada, plantou-o no seu jardim.
“Que raio de coisa você está fazendo?”, ambos perguntaram.
“Plantando milho, que dessa maneira se multiplicará.”, disse o Mestre.
“Desde quando alguma coisa que foi cozida poderia multiplicar-se dessa forma?”, bradou o dono do restaurante.
“Esta é a sentença desse tribunal!”, disse o Mestre.
“A vocês dois, um bom dia.”

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Buda Suprirá


- O Buda Suprirá! – dizia o Mestre certo dia a um homem que se queixava de alguém lhe ter roubado um dinheiro guardado em casa.
O homem expressou suas dúvidas.
O Mestre levou-o ao templo e rolou pelo chão, invocando Buda para que restituísse as vinte moedas de prata do homem.
Incomodada com aquela presença, a congregação angariou donativos e o total foi entregue ao surpreso homem.
- Você pode não compreender os meios que operam neste mundo – disse o Mestre -, mas seguramente compreende o fim quando este lhe é entregue de forma concreta.

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Assim é a Vida

Certo dia, disse o Mestre a si mesmo: “Algumas pessoas estão mortas mesmo parecendo estar vivas. Da mesma forma, outras estão vivas apesar de parecerem mortas. Como podemos dizer se uma pessoa está viva ou morta?”.
Repetiu tão alto a última frase que o discípulo o ouviu. Ele disse:
- Que homem imbecil! Se as mãos e os pés estiverem gelados, pode estar certo de que a pessoa está morta.
Pouco depois, o Mestre estava cortando lenha na floresta, quando se deu conta de que suas extremidades estavam praticamente congeladas pelo terrível frio que fazia.
“Parece que a morte abateu-se sobre mim. Mortos não cortam lenha; deitam-se respeitosamente, pois não necessitam de nenhum movimento físico”, pensou.
O Mestre deitou-se sob uma árvore.
Uma matilha de lobos, instigada pelos sofrimentos infligidos por aquele rigoroso inverno e imaginando que o homem sob a árvore estivesse morto, atacou o jumento do Mestre e devorou-o.
“Assim é a vida”, refletiu o Mestre; “uma coisa depende da outra. Estivesse eu vivo, vocês não tomariam tais liberdades com meu jumento.”

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Poderia Ser Verdade

O Mestre caminhava pela rua, absorto em seus pensamentos, quando, de repente, alguns pirralhos começaram a atirar pedras nele.
- Não façam isso, e eu lhes contarei algo que lhes interessa.
- Está bem. O que é? Mas não venha com filosofia.
- O Imperador está oferecendo um banquete aberto a todos.
As crianças saíram correndo para ao palácio, enquanto o Mestre começava a entusiasmar-se com a sua história, com as guloseimas e as delícias da festa.
Levantou os olhos e viu-os desaparecendo ao longe. De repente, levantou a túnica e saiu correndo atrás deles:
- É melhor que eu vá e veja – disse o Mestre ofegante -, pois, afinal, bem poderia ser verdade.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

MAIS ÚTIL

O Mestre entrou na casa de chá proclamando:

- A Lua é mais útil que o Sol.

- Por que, Mestre?

- Precisamos de mais luz durante a noite que durante o dia.


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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Iniciativa

O Mestre entrou na loja de um sujeito que vendia todo tipo de miudezas.
- Tem pregos? – perguntou.
- Tem.
- E couro do bom?
- Tem.
- E fio de costurar couro?
- Tem.
- Então, por Deus, por que você não faz um par de botas?

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quando se Preocupar

O burro do Mestre estava perdido. Todos ajudavam a procurá-lo pelas redondezas.
Alguém disse:
- Você não parece nem um pouco preocupado. Será que não se dá conta de que seu burro poderá não ser mais encontrado?
Ao que o Mestre respondeu:
- Você vê aquele morro mais ao longe? Ali ainda ninguém procurou. Se não acharem nada por lá, aí eu começo a ficar preocupado.

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Onde Está o Crime?

O discípulo fora atacado de lepra.
No seu primeiro encontro com o Mestre, o discípulo rogou-lhe:
- Mestre, confessai-me. Lavai-me desse mau carma e dos meus crimes!
O Mestre respondeu-lhe:
- Traze-me os teus crimes e serás purificado.
Nesse instante o discípulo despertou:
“Que é o crime? O bem? O mal?”

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Não Corra Riscos

Um teólogo estava doente. Ele ouvira falar que o Mestre era um místico e, no seu meio delírio, convenceu-se de que, afinal de contas, algo de verdade deveria haver nisso tudo. Então, ordenou que buscassem o Mestre.
- Prescreva-me uma oração que possa facilitar o meu ingresso no outro mundo - disse-, já que você tem a reputação de estar em contato com outra dimensão.
- Com prazer – disse o Mestre. – Ei-la: “Deus, ajude-me! Diabo ajude-me!”
Escandalizado, o santo homem esqueceu-se de sua enfermidade e, subitamente, sentou-se.
- Mestre, você está louco?
- De jeito nenhum, meu caro. Um homem na sua posição não pode se dar o luxo de correr riscos.

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quinta-feira, 24 de junho de 2010


Muito Tarde Para Punir


O Mestre mandou um menino pegar água no poço.

- Tome cuidado para não quebrar o pote! – gritou o Mestre, e deu uma bordoada no garoto.

- Mestre – perguntou um observador -, por que bater em alguém que não fez nada?

- Ora, seu estúpido – disse o Mestre -, porque depois que quebrasse o pote seria muito tarde para puni-lo, não acha?

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Em Mim


Um monge disse ao Mestre:

- Sou tão desapegado que nunca penso em mim, só nos outros.

O Mestre respondeu:

- Sou tão objetivo que posso ver-me como se fosse outra pessoa; assim, sou capaz de pensar em mim.

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Vento Sopra

Num dia de muito calor, o Mestre se abanava devagar. Um monge aproximou-se dele e fez a seguinte observação:
- A natureza do ar existe em toda parte, e o vento sopra em todos os lugares! Por que usais um leque, Mestre? Por que estais criando vento?
Respondeu o Mestre:
- Sabes apenas que a natureza do ar existe em toda parte. Mas não sabes por que o vento sopra em todos os lugares!
Perguntou, então, o monge:
- Que quer dizer: “Não há um só lugar em que o vento não sopre.”?
O Mestre continuou a abanar-se em silêncio, e o discípulo inclinou-se profundamente.

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Discussão no Deserto

O mestre vagava por uma trilha no deserto, quando cruzou com três homens ferozes.
Eles estavam discutindo:
- Existem três possibilidades para explicar o surgimento dos minaretes – disseram – Acabamos de ouvi-las e estamos imaginando qual seria a correta.
O Mestre não se sentia seguro.
- Façam um relato de suas teorias, e eu julgarei o caso – disse.
- Caíram do céu – disse o primeiro.
- Foram construídos num poço e depois içados. – disse o segundo.
- Cresceram como cactos – disse o terceiro.
Cada um deles puxou uma faca para reforçar sua versão.
O Mestre pronunciou-se:
- Estão todos errados. Foram construídos por gigantes de tempos antigos, muito mais altos que nós.

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

CAPACIDADE MÁXIMA

Um frágil vaso chinês, antigo e valioso, foi encontrado pelos habitantes do vilarejo. Teve início uma discussão na casa de chá sobre qual seria a capacidade exata do vaso.
Os ânimos já iam se exaltando quando chegou o Mestre. Apelaram-lhe por um parecer a respeito.

- Simples – disse o Mestre. – Tragam aqui o vaso e um pouco de areia.

Foram enchendo-o, camada após camada, com a mais fina areia, ao mesmo tempo em que iam socando o conteúdo com o malho. Por fim, o vaso arrebentou.

- Ai está – exultou o Mestre -, a capacidade máxima foi atingida. Tudo o que resta fazer, neste momento, é retirar um grão de areia e terão a quantidade exata que o vaso pode conter.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Sermão do Mestre

Certo dia, os moradores do vilarejo quiseram pregar uma peça no Mestre. Já que era considerado uma espécie meio indefinível de homem santo, pediram-lhe que fizesse um sermão. Ele concordou.
Chegado o dia, o Mestre subiu ao púlpito e falou:
- Ó fiéis, sabem o que vou lhes dizer?
- Não, não sabemos – responderam.
- Enquanto não souberem, não poderei falar nada. Pessoas ignorantes, isso é o que vocês são. Assim não dá para começarmos o que quer que seja, disse, profundamente indignado por aquele povo ignorante fazê-lo perder seu tempo.
Desceu do púlpito e foi para casa.
Um tanto vexados, seguiram em comissão para mais uma vez, pedir ao Mestre que fizesse um sermão na sexta-feira seguinte, dia de oração.
O Mestre começou a pregação com a mesma pergunta de antes. Desta vez, a congregação respondeu numa única voz:
- Sim, sabemos.
- Neste caso, disse o Mestre, não há por que prendê-los aqui por mais tempo. Podem ir embora. E voltou para casa.
Por fim, conseguiram persuadi-lo a realizar o sermão da sexta-feira seguinte, que começou com a mesma pergunta de antes.
- Sabem ou não sabem?
A congregação estava preparada.
- Alguns sabem, outros não.
- Excelente, disse o Mestre. Então, aqueles que sabem transmitam seus conhecimentos àqueles que não sabem.
E foi para casa.

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

A RECOMPENSA

O Mestre tinha algumas boas novas para o rei e, depois de grandes dificuldades, conseguiu marcar uma audiência – embora, por tradição, todo assunto teria, teoricamente, o direito de acesso imediato à corte.
O rei ficou grato pelo que lhe havia sido dito.
- Escolha você mesmo sua recompensa – disse.
- Cinqüenta chicotadas – disse o Mestre.
Surpreso, o rei ordenou que o Mestre fosse chicoteado.
Depois de aplicadas vinte e cinco chicotadas, o Mestre anunciou:
- Pare! Agora, tragam meu sócio e dêem-lhe a outra metade da recompensa. O camareiro, Sua Alteza, não me permitiria ver-nos, a menos que jurasse lhe dar a exata metade de qualquer coisa que conseguisse como resultado das boas novas.

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quinta-feira, 29 de abril de 2010


A Quem Deveríamos Culpar?

Um dia, ao voltarem para casa, o Mestre e seu discípulo encontraram-na assaltada. Tudo o que poderia ser carregado foi.
- A culpa é sua - disse discípulo -, porque deveria ter se certificado, antes de sairmos, de que a casa estava trancada.
Os vizinhos bateram na mesma tecla:
- Você não trancou as janelas – disse um deles.
- Por que não se preveniu para uma situação como essa? – questionou o outro.
- As trancas estavam com defeito e você não as substituiu – disse um terceiro.
- Um momento – disse Mestre. – Certamente não sou eu o único culpado, sou?
- E a quem deveríamos culpar? – gritaram todos.
- Os culpados? – disse o Mestre.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

O MOTIVO DA DISCUSSÃO


Já altas horas da madrugada, dois bêbados começaram uma discussão infernal bem debaixo da janela do Mestre, que prontamente acordou, enrolou-se no seu único cobertor e saiu correndo para tentar acabar com a gritaria. Mal começara a tentativa de apaziguar os ânimos, um deles arrancou-lhe o cobertor, e os dois saíram correndo.

- Sobre o que discutiram? – perguntou o discípulo ao Mestre, assim que ele voltou da rua.
- Deveria ser a respeito do cobertor. Assim que o conseguiram, a briga terminou.

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Carga de Sal x A Carga de Lã

Certo dia, o Mestre levava ao mercado um burro carregado de sal e teve de atravessá-la por um rio. O sal dissolveu-se. O Mestre ficou furioso pela perda da carga, enquanto o asno ficou contente pelo alívio.
Na próxima vez em que passou por aquele caminho, levava uma carga de lã. Depois que o animal atravessou o rio, a lã ficou completamente ensopada e muito pesada. O animal cambaleou sob a carga encharcada.
- Ah! – bradou o Mestre – pensou que você sairia mais leve toda vez que atravessasse a água, não foi?

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quinta-feira, 8 de abril de 2010


ESPERO QUE EU ESTEJA MUITO DOENTE


Um Mestre, sentado na sala de espera do consultório médico, repetia em voz alta: “Espero que eu esteja muito doente” – o que intrigava os outros pacientes.
Quando o médico apareceu, o Mestre repetia quase gritando: “Espero que eu esteja muito doente”.

- Por que você diz isso? – perguntou-lhe o médico.

- Detestaria pensar que alguém que se sinta tão mal como eu não tenha nada.

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SUPOSIÇÕES

Mestre, qual é o significado do destino?
- Suposições.
- Em que sentido?
- Você supõe que as coisas irão bem e elas não vão – a isso chama azar.
Supõe que as coisas irão mal e elas não vão – a isso chama sorte.
Supõe que certas coisas irão ou não acontecer – e, na mais absoluta falta de intuição, não sabe o que irá acontecer.
Você supõe que o futuro é desconhecido – quando você é surpreendido – a isso chama destino.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010


Esquecendo-se do Desejo


“A maior parte do que as pessoas fazem é exatamente igual ao que fazem os animais, só que elas pensam que são diferentes.” – disse o Mestre na casa de chá.

“Isso é ridículo” - protestou um monge. “Se você estivesse certo, coelhos estariam escrevendo livros.”

“Tenho certeza de que estariam,” - disse o Mestre calmamente – “se, de tempos em tempos, eles se esquecessem do seu premente desejo de comer cenouras.”

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quinta-feira, 11 de março de 2010

PICADA DE COBRA


Perguntaram ao Mestre:

- Para que esse antídoto contra picada de cobra, Mestre?

É que peguei um pedaço de pau e achei que era uma cobra – respondeu o Mestre.

- Mas um pedaço de pau não o picaria!

- E a cobra de verdade que eu peguei para bater no pedaço de pau?

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quinta-feira, 4 de março de 2010



Louco Comum



O Mestre levou seu trigo ao moinho. Enquanto esperava sua vez de moê-lo, foi pegando punhados de trigo dos sacos dos outros e colocando-os no seu próprio saco. Ao perceber, o moleiro perguntou-lhe:

- Escuta aqui, o que esta fazendo?

Mestre respondeu com indiferença:

- É que sou louco. Faço o que me vem à cabeça.

- Se é assim, por que não pega o trigo que é seu e o distribui pelos sacos dos outros?

- Meu caro – respondeu Mestre -, sou um louco comum. Se eu fizesse isso que você propõe, aí eu já seria um doido varrido.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O RELÓGIO


O relógio do Mestre estava sempre marcando a hora errada.

“Será que não dá para você tomar uma providência?” – diz o discípulo.

“Bem, o relógio nunca está certo.” responde o Mestre. “Qualquer que seja a providência, já será uma melhora.”

Dito isto o Mestre deu uma martelada no relógio. Ele parou.

“Você tem toda razão.” disse o mestre. – “De fato, já dá para sentir uma melhora.”

“Eu não quis dizer “qualquer providência” assim ao pé da letra, responde o discípulo, “Como é que agora o relógio pode estar melhor que antes?”

E o Mestre responde: “Bem, antes nunca estava certo.”
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

58.Extra. ESCREVENDO UMA CARTA


Um analfabeto pediu ao Mestre que lhe escrevesse uma carta.

- Não posso – disse o Mestre -, por que queimei o pé.

- E o que tem isso a ver com escrever a carta?

- Como ninguém entende minha letra, sou obrigado a viajar para poder explicar a carta para quem a recebeu. E com o meu pé deste jeito, machucado, não há menor possibilidade de escrever uma carta, não é verdade?

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mudar de Assunto


Em uma tarde de mormaço, um jovem monge viu um sujeito vindo na sua direção pela estrada poeirenta, carregando um enorme e saboroso cacho de uvas. Por um punhado de uvas, um pouco de bajulação até vale a pena.
- Ó grande mestre, dê-me uvas – disse o jovem monge.
- Não sou mestre – disse o sujeito, pois era um desses viajantes contemplativos, avessos a arroubos de linguagem.
“É um homem de importância ainda maior e eu o menosprezei”, pensou o monge. Então, disse em alto e bom som:
- Alteza, dê-me apenas uma uva!
- Não sou nenhuma Alteza – resmungou o viajante.
- Bom, então nem me diga o que é, senão provavelmente acabaremos descobrindo que isto também não é um cacho de uvas! Mudemos de assunto!

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O diamante azul

O jovem monge procura por todo o Tibet uma estátua do Buda que, sendo oca, abriga dentro um diamante azul. Menos por seu valor comercial do que, claro, pelo que possa representar de inédita e absoluta descoberta mística, o jovem monge decide se dedicar a esta busca quase como um projeto de vida.
Guarda consigo a certeza de que, encontrando o diamante azul no interior do Buda, terá encontrado junto a resposta a todas as suas indagações, a serenidade no fundo do poço de toda angústia, um sol que seja na furiosa tormenta.
Muitos anos se passam até o dia em que o jovem monge, não mais tão jovem assim, topa com o velhíssimo Ling, poeta viageiro, Mestre zen, que, por sua vez, também procura o Buda oco com o diamante azul.
– Há quanto tempo o jovem procura pela “resposta”?
– Há uns vinte anos, se não erro o tempo das nevascas quando não sabemos se dia ou noite e nos enganamos na contagem das horas.
– Pois eu, meu filho, procuro o Buda oco com o diamante azul há mais de meio século evitando sempre as montanhas geladas de nosso país, pois poderia perder nelas a contagem das horas...
– E o que tem isso com encontrar ou não encontrar o Buda? – pergunta o discípulo.
– Tem que o Buda oco com o diamante azul só se revelará a quem o busca, de modo surpreso e repentino – responde o Mestre.
– Então, nesse caso, melhor esquecer as horas...
– Não, meu jovem, não. Quem esquece as horas, e não sabe se dia ou noite, nunca será surpreendido...
– Não entendo. Não é justamente o contrário?
– A surpresa é irmã siamesa da rotina. Sem a viagem comum dos dias, nunca, jamais surgira o de repente, o súbito e o inaudito. Só quem se dedica a viver o prosaico estará sempre descobrindo o sublime.
– E então por que o Mestre não encontrou, até agora, o Buda oco com o diamante azul?
– Ora, ora, meu jovem... Então você não sabe que o Buda oco com o diamante azul nunca existiu?

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O vôo dos pombos


Nos intervalos dos exercícios com o arco-e-flecha, o Mestre treina o discípulo num jogo mágico:
– Eis nova revoada de pombos. Fixe-os bem na memória e depois feche os olhos.
– Fixei, Mestre e já estou com os olhos fechados! Quanto tempo devo permanecer assim?
Depois de esperar alguns minutos, apressa em pedir que o discípulo abra os olhos novamente.
– Agora, me diga, quantos pombos havia no céu?
– Quinze, Mestre! Se não erro, quinze!
– Estes são os teus quinze pombos porque os meus são trinta.

– E quem de nós está certo, Mestre?
– Certamente nenhum de nós. Cada qual contou os pombos que lhe interessavam
...

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