quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


A Gargalhada Zen


Uma bela noite, um mestre foi passear pelas montanhas. Era uma linda noite de verão, e quando o sábio estava na beira de uma escarpa, as nuvens descobriram a lua e a névoa dissipou-se.
O velho sábio pôde então ver o vale iluminado pela lua, numa visão incomparável ...
Olhando tanta beleza, o mestre repentinamente começou a dar gostosas gargalhadas. Seu riso foi tão alto que os ecos reverberaram por toda planície. No dia seguinte, os habitantes das aldeias próximas da montanha comentavam entre si:
“Ontem à noite ouvi gargalhadas! Não sei de onde vinham.” - disse um aldeão.
“Sim, eu também ouvi! Isso é misterioso!” - replicou outro. Um monge ouviu os comentários e disse: “Não há mistérios. O som que ouvistes foram do mestre, rindo nas colinas. O Som da alegria é como a vida: não encontra fronteiras, e todos podem ouvir.”

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Samba do Carioca
Carlos Lyra

Vamos carioca, sai do teu sono devagar
O dia já vem vindo e o sol já vai raiar
São Jorge teu padrinho, te dê cana pra tomar
Xangô, teu pai, te dê muitas mulheres para amar
Vai, o teu caminho é tanto carinho pra dar
Cuidando teu benzinho que também vai te cuidar
Mas sempre morandinho quem não tem onde morar
Na base do sozinho não dá pé, nunca vai dar
Vamos, minha gente, é hora da gente trabalhar
O dia já vem vindo aí e o sol já vai raiar
A vida está contente de poder continuar
E o tempo vai passando sem vontade de passar
A vida tão boa, é só coisa boa pra pensar
Sem ter que pagar nada, céu e terra, sol e mar
E ainda ter mulher e ter o samba pra cantar
O samba que é o balanço da mulher que sabe amar

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A sede


Um iluminado hindu se encontrava em “estado de orgasmo” ininterruptamente há mais de duas semanas, num mosteiro zen.
Um jovem monge recém-admitido entre os andarilhos-pedintes -uma espécie de “ordem” tão rigorosa que era incapaz de aceitar até mesmo os mais famosos Mestres, justamente porque eram famosos e isto, segundo eles, constitui sério empecilho-, pois o jovem pediu permissão para uma viagem, com o exclusivo propósito de conhecer o monge em gozo orgásmico há duas semanas seguidas.
Disse o jovem ao mestre:
– Seguirei anônimo e voltarei ainda mais anônimo – comunicou ao Mestre, acrescentando que, desse modo, provavelmente arrancaria do iluminado monge o segredo de seu espantoso orgasmo.
– E para que aspiras a tamanho orgasmo, jovem? – perguntou-lhe o superior, com um rir de olhos que era pura malícia e ainda a mais pura sabedoria.
– Ora, Mestre, e alguém por acaso não o desejaria?
– O iluminado hindu, ele já não o deseja mais...
– Como assim? – perguntou o jovem.
– Há mais de três dias que o monge faleceu para esta encarnação.
– Morreu? De quê?
– De sede. Ninguém fica duas semanas sem beber água...

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