quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O Espelho no Cofre

Retornando de uma peregrinação, um homem compra um espelho, objeto desconhecido para ele.
Cuidando reconhecer nele o rosto do pai, leva-o, encantado, para casa. Arruma-o num cofre no primeiro andar, não diz nada à mulher e, de tempos em tempos, quando se sente triste e solitário, vai ver “o pai”.
A mulher, estranhando a atitude do marido, passa a espreitá-lo e percebe que ele abre um cofre e fica longo tempo debruçado sobre ele.
Certo dia, depois que o marido sai, ela também abre o cofre e nele vê uma mulher. Inflamada de ciúme, investiga o marido. Grave briga de família! O marido afirma com convicção que é o seu pai quem está escondido no cofre!
Por felicidade, uma monja passava pela cidade e o casal solicitou-lhe auxílio para resolver a questão. A monja, então, pede-lhes que mostrem o cofre, objeto do litígio. Ao descer, a monja declara:
- No cofre não há homem nem mulher, mas tão-somente uma monja!

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como o Mestre Criou a Verdade

- As leis não fazem com que as pessoas fiquem melhores – disse o Mestre ao rei. Elas precisam, antes, praticar certas coisas de maneira a entrar em sintonia com a verdade interior, que se assemelha apenas levemente à verdade aparente.
O rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer com que as pessoas observassem a verdade.
O acesso à sua cidade dava-se por meio de uma ponte. Sobre ela, o rei ordenou que fosse construída uma forca.
Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia seguinte, o chefe da guarda estava a postos diante de um pelotão para testar todos os que por ali passassem. Um edital fora imediatamente publicado: “Todos serão interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu ingresso na cidade permitido. Caso minta, será enforcado.”
O Mestre, na ponte, entre alguns populares, deu um passo à frente e começou a cruzá-la.
- Onde o senhor pensa que vai? – perguntou o chefe da guarda.
- Estou a caminho da forca – respondeu o Mestre, calmamente.
- Não acredito no que está dizendo!
-Muito bem, se eu estiver mentindo, pode me enforcar.
- Mas se o enforcarmos por mentir, faremos com que aquilo que disse seja verdade!
- Isso mesmo – respondeu o Mestre, sentindo-se vitorioso.
- Agora vocês já sabem o que é a verdade.

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os Três Sábios

Três sábios sacerdotes viajavam pelo mundo. Ao passarem pela cidade, ouviram falar de um Mestre muito conhecido naquela região. Desejavam conhecê-lo,e um banquete foi organizado com a presença de todos os notáveis da cidade, para que o Mestre lhes fosse apresentado. Depois que comeram e beberam, um dos sábios perguntou ao Mestre:
- Onde fica o ponto central do mundo?
O Mestre apontou seu burro, parado diante da porta, e disse:
- No ponto sobre o qual pisa a pata dianteira do meu burro.
- Como sabe? – perguntou-lhe o sábio.
- Se não acredita em mim, meça-o você mesmo! – respondeu.
O segundo sábio perguntou-lhe:
- Quantas estrelas existem no céu?
O Mestre respondeu com a mesma tranqüilidade:
- Existem tantas estrelas no céu quanto pêlos na cauda do meu burro.
- Como pode prová-lo?
- Se não acredita em mim, conte você mesmo!
O terceiro sábio, assombrado diante de tanta presteza nas respostas, desistiu de fazer qualquer pergunta.
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Distinção


O Mestre estava sentado, conversando com um amigo, quando anoiteceu.

- Acenda uma vela – disse o amigo -, pois já está escuro. Tem uma bem aí a sua esquerda.

- Como é que vou distinguir a minha esquerda da minha direita no escuro, seu idiota?

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nunca Perco Um Bom Negócio

O Mestre tinha tanta coisa contra seu jumento que o mais óbvio a fazer seria vendê-lo para poder arranjar outro. Então, foi ao mercado, encontrou o leiloeiro e entregou-lhe o jumento para que fosse vendido.
Quando o animal foi exposto à venda, lá estava o Mestre de prontidão.
“E o próximo lote”, anunciou o leiloeiro, “é este soberbo, inigualável e maravilhoso jumento. Quem dá o primeiro lance, oferecendo cinco moedas de ouro?”
“Só cinco moedas de ouro por um jumento?”, impressionou-se o Mestre. Então ele mesmo abriu o leilão. À medida que o preço ia ficando mais e mais alto, com o leiloeiro apregoando a cada lance as maravilhas daquele jumento, o Mestre foi ficando mais e mais ansioso por comprá-lo.
Afinal, a disputa concentrou-se no Mestre e em um fazendeiro. Assim que se alcançou o lance de quarenta moedas de ouro, o leiloeiro bate o martelo e o jumento foi arrematado pelo Mestre.
Pagou ao leiloeiro a comissão de um terço, ficou com a parte do dinheiro que correspondia ao vendedor e, então, tomou posse do jumento conforme cabia ao comprador fazê-lo. O jumento talvez valesse vinte moedas de ouro. Ou seja, o Mestre ficou sem um tostão, mas tinha comprado um jumento.
“Nunca perco um bom negócio”, disse o Mestre a si mesmo, enquanto voltava para casa com seu prêmio.

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