quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aparência


 Um homem cujo machado desaparecera suspeitou que o filho do vizinho o houvesse roubado. O rapaz andava feito ladrão, tinha cara de ladrão e falava como um ladrão. Pouco depois, contudo, enquanto arava um campo, o homem achou o seu machado. Ao encontrar mais tarde o filho do vizinho, o rapaz andava, parecia e falava como qualquer outra criança.

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Meu lugar


Rumi, o grande poeta, teve um Mestre extraordinário chamado Shams. Desde criança, Shams parecia diferente. Seus próprios pais não sabiam se o mandavam para um mosteiro ou para a casa dos loucos. Não sabiam o que fazer com ele.

Depois de adulto, Shams contou-lhes a história do ovo de pato que uma galinha encontrou. A galinha chocou o ovo e criou o patinho lado a lado com seus pintinhos. Um dia, foram todos caminhar até o lago. O pato entrou sem titubear na água e saiu nadando e mergulhando, enquanto a galinha permanecia timidamente na borda. Shams explicou aos pais:


- Agora, pai e mãe, eu encontrei meu lugar. Aprendi a nadar no oceano, mesmo que vocês tenham que permanecer na costa.


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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ignorar




       O Mosteiro da Lua Nova não tem portões – disse o Mestre certa vez a um conviva.
-  Mas como eles mantêm longe os ladrões?
- Não há nada para roubar num mosteiro – Tudo o que verdadeiramente tiver valor é dado.
-  Mas e os desordeiros? E as pessoas incômodas? Como os monges as mantêm afastadas? – perguntou o conviva.
-  Os monges as ignoram.
-  E isso funciona?
       O Mestre tapou os ouvidos, fechou os olhos e recusou-se a responder. Por fim, desgostoso, seu conviva foi embora.

-  Funciona – disse o Mestre, chamando-o de volta.


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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Você está certo!

         Dois discípulos estavam discutindo sobre o verdadeiro caminho.
O primeiro discípulo dizia:
- É preciso esforço e dedicação. Orar, permanecer atento e viver corretamente.
O segundo discípulo discordava:
- Não se trata de esforço. O empenho pessoal está fundamentado no ego. Devemos abandonar todas as coisas e viver plenamente o ensinamento, ”Faça-se a vossa vontade”.
Como não conseguiram decidir quem estava com a razão, resolveram procurar o mestre. O mestre ouviu atentamente enquanto o primeiro discípulo louvava o caminho do esforço sincero.
“Mestre” – Você está certo.
O segundo discípulo ficou perturbado e passou a defender eloqüentemente a entrega de si e o abrir mão das coisas.
“Mestre” – Você está certo.
Um terceiro discípulo que estava por perto interveio:
- Mas, mestre não é possível os dois estarem certos.
O mestre sorriu e disse:

- você também está certo!

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Passeio




Diálogos entre dois monges.

"Aonde vais?"

"Vou a um passeio pelas redondezas."

"Qual o propósito de um passeio?"

"Não sei."

"Bem,não sabendo fica mais perto."


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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Palavra

 Um monge solicitou um encontro com seu Mestre, pois tinha uma grande dúvida.
“Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório, que o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que as preces são feitas de palavras e que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Zen está além das palavras, por que elas são usadas para defini-lo?”, perguntou o monge.
“As palavras são como um dedo apontando para a lua. Aprende a olhar para a lua e não se preocupe com o dedo que aponta”, respondeu o Mestre.
“Mas eu não poderei olhar a lua, sem precisar apontar para ela?”, perguntou.
“Ninguém mais pode olhar a lua por ti. A lua estará sempre à vista. O Zen é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio”, disse o Mestre.
“Então, por que os homens precisam que lhes seja revelado o que já é de seu conhecimento?”, perguntou o monge.
“Pelo simples costume de aceitar sua existência como fato consumado. Os homens não confiam na Verdade já revelada pelo fato de ela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Dessa forma, as palavras são um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que o necessário”, disse o Mestre.
Os dois ficaram em silêncio por algum tempo. De repente, o Mestre apontou para a lua. E o discípulo se iluminou.


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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sobrevivência




O Mestre disse:


- Ou se esquive das pessoas, ou então ria do mundo e das pessoas que há nele e faça papel de tolo em muitas coisas.






quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O Silêncio


          Um filósofo perguntou a Buda:

“Sem palavras, como é possível revelar a Verdade?”

O Buda permaneceu em silêncio.

O filósofo compreendeu e agradeceu profundamente.

“Graças a vossa amável generosidade, eu penetrei no verdadeiro caminho”, disse o filósofo.

Depois que o filósofo partiu, Ananda, disse o discípulo de Buda, perguntou como o filósofo tinha conseguido alcançar a iluminação.


“Um bom cavalo corre apenas à visão da sombra do chicote”, disse Buda.


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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O que você fez


Ao terminar o verão, o discípulo fez uma visita ao Mestre.

“Não o vi por todo o verão, o que tens feito?”, perguntou o Mestre.

“Estive cultivando um pedaço de terra e terminei de plantar umas sementes”, respondeu o discípulo.

“Então não desperdiçaste o verão”, disse o Mestre.

“E tu, como passaste o verão?”, perguntou o discípulo.

“Uma refeição por dia e um bom sono à noite”, respondeu o Mestre.


“Então, também não desperdiçaste o verão”, concluiu o discípulo.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

VOCÊ NÃO É



  
Um dia o Discípulo e um amigo estavam caminhando pela beira de um rio.
“Como deliciosamente vivem os peixes na água”, exclamou o Discípulo.
 “Você não é um peixe”, disse o amigo.
“Como pode saber se os peixes vivem deliciosamente na água ou não?”. “Você não é eu”, respondeu o Discípulo.
 “Como pode saber que não sei, se os peixes vivem deliciosamente na água ou não?”



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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Maior Ensinamento



Um renomado Mestre dizia que seu maior ensinamento era: Buda é a sua mente.
Um monge ficou tão impressionado com a profundidade deste koan, que decidiu deixar o monastério e retirar-se em um local afastado para meditar sobre a frase. Ele viveu vinte anos como um eremita, meditando sobre o grande ensinamento.
Um dia ele encontrou outro monge que viajava pelas montanhas próximas à sua casa. Na conversa, o monge eremita soube que o viajante também tinha estudado com o mesmo Mestre.
“Por favor, diga-me se você conhece o grande ensinamento do Mestre”, perguntou ansioso ao outro.
Os olhos do monge viajante brilharam.

“O Mestre foi muito claro sobre isto. Ele disse que seu maior ensinamento era: Buda não é a sua mente.”


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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Alta Noite


O Mestre ouviu e respondeu pacientemente todas as perguntas do jovem estudante, até que o Mestre mandou o discípulo embora, dizendo que já era muito tarde.
“Já é tarde da noite, por que você não se retira?”, perguntou o Mestre educadamente.
O discípulo fez a reverência e, ao abrir a porta, percebeu que já era alta noite e estava muito escuro lá fora. O Mestre entregou uma vela para que o estudante pudesse encontrar o caminho de volta para o dormitório dos monges.

Assim que recebeu a vela das mãos do Mestre, o mesmo assoprou-a, deixando os dois na mais perfeita escuridão.



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quinta-feira, 25 de julho de 2013

A FUGA

        Muitos discípulos estudavam meditação com o Mestre.
Um deles costumava se levantar a noite, escalar o muro do templo e fugir para a aldeia para ir ao prostíbulo.
Uma noite quando o Mestre foi inspecionar os dormitórios, notou a falta do discípulo e descobriu também a escada que ele usava para escalar o muro. O mestre retirou a escada e se colocou no lugar dela. Quando o monge fujão voltou, sem perceber que a escada era o Mestre, botou os pés nos ombros do Mestre e pulou pra o chão. Ao se dar conta do que havia feito ficou petrificado.
“Está muito frio de madrugada, tome cuidado para não se resfriar”. Disse o Mestre com uma voz terna e calma.


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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Barulho da Chuva



Chovia muito. O Mestre estava sentado na varanda do mosteiro ao lado de um de seus discípulos. As gotas da chuva batiam suavemente no telhado e num vaso esquecido no pátio.
- “Que som é aquele lá fora?”, perguntou o Mestre.
- “É a chuva”, respondeu o discípulo.
“Ao buscar alguma coisa fora de si mesmo, você confunde os significados”, disse o Mestre.
         - “Então, como eu deveria me sentir em relação ao que percebo? Não é o barulho da chuva o que escuto?”, perguntou o discípulo.

- “Eu sou o barulho da chuva”, disse o Mestre.


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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Existência

            Um jovem estudante Zen, passou por vários Mestres, até que encontrou o grande Mestre.

Na sua primeira entrevista com o novo Mestre, resolveu mostrar o quanto já sabia.

“A mente, Buda, e todos os seres não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o que dar e tampouco o que receber.”

O Mestre, que estava fumando pacientemente, não disse nada. Simplesmente, acertou o discípulo na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. O jovem ficou irritadíssimo, gritando xingamentos.

“Se nada existe, de onde veio toda essa sua raiva?”, perguntou o Mestre.


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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Aprendiz


Um novo estudante foi procurar o Mestre do mosteiro.

“Como posso absorver seus ensinamentos de forma correta?

“Pense em mim como um sino. Dê um suave toque e eu lhe darei um pequeno tinido. Toque-me com força e você receberá uma alta e sonora badalada.”







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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Desapego


Havia um general chinês conhecido por ser um grande líder, um homem de coragem e força. Nada era capaz de abalar a sua convicção. O homem não temia a morte.

Um dia ele recebeu em casa a visita de um Mestre Zen para tomar um chá e conversar sobre artes marciais. O general serviu o Mestre em uma bela xícara de porcelana, finamente decorada, uma verdadeira relíquia e herança de uma família nobre. Era uma peça de estimação pessoal.

No momento em que o general ia servir o chá, sua mão vacilou e a xícara iria se espatifar no chão. Muito ágil, o general lançou-se ao chão e, no último momento, conseguiu apanhá-la. Mas ele sentiu medo e terror pela primeira vez na vida.

Ainda tremendo e suando frio, o general olhou para o Mestre que o observara.

“O senhor liderou homens nas mais terríveis guerras e passou por momentos assustadores na vida sem jamais vacilar. Como é possível se sentir transtornado por causa de um pequeno objeto de porcelana?”, perguntou o Mestre.

O general assustou e deixou a xícara cair ao chão. 


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quinta-feira, 6 de junho de 2013



ATENÇÃO


Um dia um homem procurou o mestre pedindo para que ele lhe contasse alguma máxima budista. O homem queria tê-la na ponta da língua para poder demonstrar sabedoria. O mestre apanhou seu pincel e escreveu a palavra ATENÇÃO.

“Isto é tudo?”, perguntou o homem.

O mestre escreveu a mesma palavra novamente: ATENÇÃO, ATENÇÃO.

“Bom, não vejo realmente nenhuma profundidade no que está escrito”, disse o homem.

Então o mestre, escreveu a mesma palavra pela terceira vez:

ATENÇÃO, ATENÇÃO, ATENÇÃO.

Um pouco irritado, o homem disse que não entendia o que significava aquela palavra escrita três vezes.

“ATENÇÃO quer dizer atenção”, respondeu, amavelmente, o mestre.



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quinta-feira, 23 de maio de 2013


Nas alturas




Na China, existiu um Mestre. Ele era conhecido por meditar empoleirado em um pinheiro e, por isso, foi carinhosamente apelidado de Mestre Ninho de Passarinho. Um poeta foi visita-lo para ver como ele meditava.

“É melhor tomar cuidado, podes acabar caindo do pinheiro!”, gritou o poeta.

“Ao contrário, tu é que corres perigo de um dia cair”, respondeu o Mestre.

O poeta refletiu e pensou que o Mestre se referia ao fato de os poetas viverem dominados por paixões e sonhos delirantes.

“Qual é a verdadeira essência?” perguntou o poeta.

“Não fazer nada violento e praticar somente aquilo que é justo e equilibrado”, respondeu o Mestre.

“Mas até uma criança de três anos sabe disso!”, exclamou o poeta.

“Sim, mas é algo difícil de ser praticado até mesmo por um velho de oitenta anos”, respondeu o Mestre.

 
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quinta-feira, 16 de maio de 2013


O GRITO


Em um mosteiro havia um velho monge que deixava os jovens totalmente intimidados. Não que ele fosse severo, mas porque nada, absolutamente nada, parecia perturbá-lo.

Os jovens viam nele algo inquietante e resolveram testar a paciência do velho monge.

Numa escura manha de inverno, quando era tarefa do velho monge levar a oferenda de chá à sala do monge superior, o grupo de jovens se escondeu em uma das curvas do longo e sinuoso corredor do mosteiro. Quando o velho se aproximou, eles saíram do esconderijo dando gritos assustadores. Mas nada adiantou.

Sem sequer alterar o passo, o velho monge seguiu andando com calma, levando cuidadosamente a bandeja de chá. Próximo à sala havia uma mesinha. O velho foi até ela, colocou a bandeja de chá, cobriu-a para protegê-la da poeira e, então, só então, apoiando-se contra a parede, deu um grito, numa exclamação de susto.




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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Comportamento




Um iniciante no Zen foi até o Mestre para fazer uma pergunta.

“Mestre, eu tenho um temperamento terrível. Às vezes, sou muito agitado e agressivo e acabo ofendendo as pessoas. Como posso curar isso?” perguntou.

“Tu possuis algo muito estranho. Deixa-me ver como é esse comportamento”, disse o Mestre.

“Bem, eu não posso mostrá-lo exatamente agora”, respondeu o iniciante.

“Por quê?”, perguntou Mestre.

“Não sei, é que isso sempre surge de forma inesperada”, disse.

“Então essa coisa não faz parte da tua natureza verdadeira. Se assim fosse, tu poderias mostrá-la sempre que desejasses. Portanto, saibas que ela não existe”, disse o Mestre.


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quinta-feira, 2 de maio de 2013

O Pranto




O Mestre gostava de passear ao entardecer pela aldeia próxima ao mosteiro.

Um dia, ele ouviu fortes lamentos vindos de uma casa e resolveu bisbilhotar. Ao entrar na casa, compreendeu que o dono havia morrido, e que a família e os vizinhos estavam chorando. Ele procurou um lugar para se sentar e chorou com eles. Um velho o reconheceu e ficou surpreso de ver o famoso mestre acompanhá-los no pranto.

“Eu acreditava que tu estivesses além dessas coisas.”

“Mas é exatamente isso que me coloca mais além”, respondeu o mestre num soluço.



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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Caco de Telha




O Discípulo, quando ainda era jovem, praticava a meditação, de forma incansável, por vários dias seguidos. Certa ocasião, seu Mestre chamou-o para uma conversa.

- “Por que pratica tanto?”, perguntou o Mestre.

- “Para me tornar um Buda”, respondeu o Discípulo.

O Mestre apanhou uma telha e começou a esfregá-la com uma pedra. O Discípulo ficou intrigado.

“O que fazes com essa telha?”, perguntou.

- “Estou tentando transformá-la num espelho”, respondeu o Mestre.

- “Mas, por mais que a esfregue, ela nunca irá se transformar num espelho. Ela não pode deixar de ser telha”, disse o Discípulo.

- “Posso dizer o mesmo de ti. Por mais que pratiques meditação não irás se tornar Buda”, disse o Mestre.

- “Então, o que devo fazer?”, perguntou decepcionado.

- “É como fazer um carro de boi andar, bates no boi ou no carro?”, perguntou o Mestre.

O Discípulo ficou sem resposta e o Mestre concluiu:

“Buscar o estado de Buda praticando apenas a meditação é o mesmo que matar o Buda. Dessa maneira, não encontrarás o caminho.”



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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Entre e tome uma xícara de chá



O Mestre perguntou a um monge que havia acabado de chegar ao mosteiro:
- ‘’Já estiveste antes aqui?’’
- ‘’Sim, senhor estive no verão passado’’, respondeu o monge.
- ‘’Então entre e tome um xícara de chá’’, disse o Mestre.
Um outro dia apareceu um novo monge no mosteiro. O Mestre lhe fez a mesma
pergunta e o monge respondeu que nunca tinha estado no mosteiro antes.
- ‘’Então entre e toma uma xícara de chá’’, disse o Mestre.
O monge, que era o secretário do templo e presenciava a chegada de todos ao mosteiro, ficou intrigado.
- ‘’Por que o senhor sempre diz a mesma coisa para todos, qualquer que seja a resposta do monge?’’, perguntou o secretário.
- ‘’Monge!’’, gritou o Mestre.
O outro assustou-se.
- ‘’Sim, Mestre! O que houve?’’, perguntou.
- ‘’Entre e toma uma xícara de chá.’’


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quinta-feira, 28 de março de 2013

Aonde vais?

                                                     Aonde vais?



Os Mestres do Zen costumavam treinar seus garotos na arte do diálogo. Cada mosteiro tinha o seu pequeno protegido.


Todas as manhãs, um dos garotos costumava encontrar com outro, de outro mosteiro, pelo caminho.


- ‘’Aonde vais?’’, perguntou o primeiro.


- ‘’Aonde levam meus pés’’, respondeu o outro.

Esta resposta deixou perplexo o menino, que procurou seu mestre para pedir ajuda.

‘’Amanhã de manhã, faça a mesma pergunta, que ele te dará a mesma resposta. E, então, você pergunte: Faça de conta que não tens pés. Aonde vais? Isso o deixará sem resposta’’, disse o Mestre.


Na manhã seguinte, os garotos voltaram a se encontrar.


- ‘’Aonde vais?’’, perguntou o primeiro.


- ‘’Aonde sopra o vento’’, respondeu o outro.


O garoto ficou novamente desconcertado e correu ao Mestre para contar sua derrota.


- ‘’Pergunte: aonde vais se não há vento’’, sugeriu o Mestre.


No outro dia, os dois se encontraram novamente.


- ‘’Aonde vais?’’, perguntou o primeiro.


- ‘’Ao mercado comprar verduras’’, respondeu o outro.



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quinta-feira, 21 de março de 2013

Encontrar Deus




Um sábio meditava às margens de um rio quando um jovem o interrompeu.

- ‘‘Mestre, eu quero ser seu discípulo’’, disse o jovem.

- ‘’Por quê?”, perguntou sábio.

O jovem pensou numa resposta bem profunda.

- ‘’Porque eu quero encontrar Deus’’, disse.

O sábio agarrou o rapaz pelos cabelos, arrastou-o até rio e mergulhou sua cabeça na água. Manteve-o lá por quase um minuto, sem deixar que respirasse. O rapaz lutava desesperadamente para se libertar. Enfim, o Mestre puxou de volta e o arrastou até a margem. O jovem cuspia água e engasgava, tentando retornar a respiração.Quando se acalmou, olhou para o sábio como se perguntasse porque ele tinha feito aquilo.

‘’Agora me responda. Quando estava com a cabeça dentro d’água, o que você desejava mais do que tudo?’’, perguntou o sábio.

-‘’ Ar, respondeu o jovem.

Pronto, encontrou.


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quinta-feira, 7 de março de 2013

O giro




Quando uma roda gira rapidamente

Nem mesmo um mestre de rodas consegue entendê-la.

Ela se move em todas as direções no céu e na terra.

Norte, Sul, Leste e Oeste”.



“Trinta raios irão convergir

No cubo de uma roda,

Mas o uso da carroça

Dependerá da parte

Do cubo que está vazio”



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