sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

15. As Três Pancadas de Tozan


TOZAN foi visitar Ummon. Ummon perguntou-lhe de onde ele tinha vindo.
Tozan disse: “Da vila Sato.”
Ummon perguntou: “Em que templo você ficou durante o verão?”
Tozan respondeu: “No templo de Hoji, ao sul do lago.”
“Quando você saiu de lá?”, perguntou Ummon, questionando-se por quanto tempo mais Tozan continuaria com tais respostas factuais.
“No dia vinte e cinco de agosto.”, respondeu Tozan.
Ummon disse: “Eu deveria lhe dar três pancadas com uma vara, mas hoje eu lhe perdôo.”
No dia seguinte, Tozan curvou-se respeitosamente diante de Ummon e perguntou: “Ontem você me perdoou das três pancadas. Não sei porque você achou que eu estava errado.”
Ummon, condenando as respostas sem vida de Tozan, disse: “Você não serve para nada. Você simplesmente vagueia de um mosteiro para outro.”
Antes que as palavras de Ummon terminassem, Tozan estava iluminado.



A leoa ensina seus filhotes de forma dura;
Os filhotes pulam e ela os derruba.
Quando Ummon viu Tozan,
Sua primeira flecha era leve;
Sua segunda flecha penetrou profundamente.

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Um comentário:

Cristina disse...

Entender as entrelinhas não é tarefa fácil. Porém parece ainda mais difícil, o entendimento livre da interpretação pessoal. Quantas vezes sofremos e fazemos sofrer por nos agarrarmos a uma falsa realidade. E se Tozan imaginasse que tudo era uma implicância de Ummon? Provavelmente não teria se iluminado. Mudar nossos modelos mentais e buscar uma paz interior são exercícios bem complexos...