Palavra
Um monge solicitou um encontro com seu Mestre, pois
tinha uma grande dúvida.
“Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório,
que o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que as preces são
feitas de palavras e que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Zen está
além das palavras, por que elas são usadas para defini-lo?”, perguntou o monge.
“As palavras são como um dedo apontando para a lua.
Aprende a olhar para a lua e não se preocupe com o dedo que aponta”, respondeu o
Mestre.
“Mas eu não poderei olhar a lua, sem precisar apontar
para ela?”, perguntou.
“Ninguém mais pode olhar a lua por ti. A lua estará
sempre à vista. O Zen é eterno e completamente revelado. As palavras não podem
revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio”, disse o Mestre.
“Então, por que os homens precisam que lhes seja
revelado o que já é de seu conhecimento?”, perguntou o monge.
“Pelo simples costume de aceitar sua existência como
fato consumado. Os homens não confiam na Verdade já revelada pelo fato de ela
se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Dessa forma, as palavras são
um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode
ser valorizado mais do que o necessário”, disse o Mestre.
Os dois ficaram em silêncio por algum tempo. De
repente, o Mestre apontou para a lua. E o discípulo se iluminou.
Participe dos encontros todas às 5º feiras as 20:30hs
Inscreva-se através do tel: 3171-0900 ou
e-mail:contato@clinicacomciencia.com.br
SEM CUSTO